Ex-deputado republicano confessa crimes de roubo de identidade e fraude eletrônica, encerrando rápida ascensão política e desencadeando repercussões no Partido.

O ex-deputado George Santos, membro do Partido Republicano e filho de brasileiros, admitiu sua culpa em acusações de roubo de identidade e fraude eletrônica nesta segunda-feira (19/8). Santos, que já havia caído em desgraça por mentir em seu currículo e foi expulso do Congresso americano, enfrentou 23 acusações que incluíam desvio de doações de campanha para despesas pessoais, mentiras ao governo para encobrir suas ações e recebimento indevido de seguro-desemprego.

Durante a audiência, o ex-deputado declarou emocionado que entendia como suas ações haviam traído seus apoiadores e eleitores. George Santos, que antes negava as acusações, optou por confessar sua culpa na tentativa de evitar um julgamento marcado para o próximo mês. No entanto, a confissão praticamente garante sua prisão, assim como o acordo para pagar cerca de US$ 375 mil em restituição.

A rápida ascensão e queda de Santos como uma figura proeminente no Partido Republicano surpreendeu muitos, pois ele chegou ao Congresso há menos de dois anos com promessas de renovação e mudanças. No entanto, suas mentiras sobre sua formação acadêmica, experiência profissional e histórias pessoais acabaram por arruinar sua carreira política.

Inicialmente acusado de 13 crimes, Santos viu as acusações se ampliarem para incluir roubo de identidade agravado, onde ele utilizou informações pessoais de membros da família para inflar a quantidade de doadores de sua campanha. Além disso, ele foi acusado de usar cartões de crédito de doadores sem autorização, o que contribuiu para sua queda e expulsão da Câmara.

O desfecho do caso foi bem recebido pelos republicanos de Nova York, que temiam que o julgamento afetasse as eleições futuras e a composição da Câmara. Com a declaração de culpa de George Santos e sua iminente prisão, o partido busca superar esse episódio conturbado e focar nas próximas disputas eleitorais. A sentença do ex-deputado está prevista para fevereiro, encerrando assim um capítulo sombrio em sua carreira política.

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