O protesto, que coincidiu com o início da convenção nacional democrata na mesma cidade, teve autorização para marchar até o United Center, onde ocorreriam os discursos naquela noite. O clima estava inicialmente tranquilo, exceto por algumas tensões com grupos que vieram protestar contra o próprio protesto, prontamente isolados pelas organizações pró-Palestina.
Porém, a campanha de Kamala Harris temia que uma escalada de tensão com os manifestantes e possíveis conflitos com a polícia pudessem prejudicar a candidata, trazendo à memória o desastre ocorrido na convenção de 1968 na mesma cidade. O perfil predominante do público era jovem, muitos ligados a organizações políticas e insatisfeitos com o sistema de dois partidos nos Estados Unidos.
Os manifestantes expressaram suas motivações variadas, desde protestar contra o Partido Democrata e seu sistema considerado antidemocrático até pressionar por políticas populares nos EUA. Houve relatos de ativistas ambientais, membros de organizações socialistas e até mesmo um jovem de 17 anos que se envolveu com o movimento pró-Palestina após assistir a um streamer.
No total, mais de 270 organizações formaram a coalizão que organizou o protesto, disponibilizando ônibus de outras cidades, cartazes, água, máscaras e protetor solar gratuitamente para os participantes. Os manifestantes pediram o fim da ajuda a Israel, acusaram os democratas de financiarem um genocídio dos palestinos, e defenderam direitos como a legalização de imigrantes, sindicalização, LGBTQIA+ e reprodutivos.
Este movimento diverso e engajado demonstra a insatisfação de uma parte da população dos Estados Unidos com a política atual e a busca por mudanças significativas no cenário político do país.