O pneumologista Valter Eduardo Kusnir, do hospital Santa Casa de Mauá, alerta para a importância do diagnóstico precoce, que pode aumentar significativamente as chances de cura, especialmente nos estágios iniciais. Ele enfatiza que a exposição ao tabaco é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença, tornando o cigarro o maior vilão nesse cenário.
Além do tabagismo, outro fator preocupante é o crescente consumo de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) entre os jovens. Os cigarros eletrônicos, vaporizadores e cigarros de tabaco aquecido estão se tornando uma opção cada vez mais popular, mas é importante ressaltar que esses dispositivos também causam dependência à nicotina e não reduzem os danos ao organismo. Portanto, não são uma alternativa segura para quem deseja parar de fumar.
Os DEFs podem não apenas aumentar o risco de câncer de pulmão, mas também causar outras doenças pulmonares, queimaduras, AVC, dermatite e até disfunção erétil em homens. Além disso, infecções pulmonares, DPOC, fibrose pulmonar, hereditariedade, poluição e exposição a produtos químicos e radiação também são fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença.
Diante disso, a prevenção ainda é a melhor estratégia. Evitar o tabagismo, realizar check-ups periódicos e adotar um estilo de vida saudável são medidas essenciais para proteger a saúde pulmonar. Em casos diagnosticados, dependendo do estágio da doença, a cirurgia, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia podem ser indicadas como formas de tratamento.
Por fim, o pneumologista reforça a importância de conscientizar a população sobre os perigos do tabagismo e dos DEFs, a fim de reduzir a incidência de câncer de pulmão e promover uma maior qualidade de vida para a população.