Apesar de defender a legalização das drogas, há preocupações legítimas em relação à publicidade desses produtos. Comerciais de cocaína durante o horário nobre da TV, por exemplo, levantam questões éticas e de saúde pública. É importante evitar incentivar o consumo excessivo e a dependência, mesmo com a liberação do uso.
O recente exemplo da liberação do jogo no Brasil pode servir como um alerta. Embora a medida seja coerente, a falta de regulamentação na publicidade de casas de apostas contribuiu para um aumento significativo no número de jogadores endividados. A liberdade de expressão não deve ser confundida com a incitação a comportamentos prejudiciais à saúde.
A Constituição prevê a possibilidade de restrição da propaganda de produtos nocivos à saúde, como fumo e álcool, e é aplicada regularmente. A restrição da publicidade de drogas e jogos de azar não viola o princípio da liberdade de expressão, mas sim busca proteger a sociedade de danos potenciais.
É importante ponderar todas as consequências antes de permitir a veiculação de propagandas que possam incentivar comportamentos prejudiciais. A revisão das políticas públicas nesse sentido ainda é possível e pode contribuir para um ambiente mais saudável e equilibrado para todos os cidadãos. A cautela é fundamental ao lidar com questões complexas como a legalização de drogas e a regulamentação de jogos de azar.