Essa medida foi vista como um retrocesso significativo na proteção ambiental do Brasil, colocando em risco a segurança hídrica, alimentar e a biodiversidade do país. Segundo o Observatório do Código Florestal, composto por 45 entidades voltadas para questões ambientais, o projeto prioriza interesses econômicos privados em detrimento do interesse público, especialmente em relação à água, um bem comum vital.
As críticas não param por aí. O Observatório argumenta que as APPs são essenciais para garantir a qualidade e quantidade de água, sustentabilidade da produção agropecuária e redução dos efeitos dos eventos climáticos extremos. Além disso, evidências científicas e técnicas da sociedade civil organizada respaldam a importância dessas áreas de preservação.
O texto aprovado na CCJ é visto como ignorante perante eventos climáticos extremos, como o desastre climático no Rio Grande do Sul e a crise hídrica na região amazônica. A relatora do projeto, deputada Coronel Fernanda, ressaltou a importância da medida para o agronegócio, argumentando que a irrigação é fundamental para garantir a continuidade da produção.
Apesar dos argumentos em prol do agronegócio, a aprovação do projeto continua gerando preocupações entre especialistas e ambientalistas. A falta de chuva em algumas regiões e a necessidade de armazenar água da chuva são pontos de discussão recorrentes. No entanto, o embate entre interesses econômicos e preservação ambiental ainda está longe de chegar a um consenso, deixando em aberto importantes questões sobre a sustentabilidade do país.