O pesquisador Justino Martinez, do Instituto de Ciências do Mar em Barcelona, destacou que a temperatura máxima foi registrada na costa egípcia, em El-Arish, atingindo 31,96°C. Martinez ressaltou a importância de verificar os dados cuidadosamente antes de confirmar os valores.
Além disso, outras fontes de dados já vinham indicando o aquecimento do Mediterrâneo nas últimas semanas, em meio a ondas de calor que atingiram o sul da Europa. Na Grécia, as altas temperaturas contribuíram para a propagação de incêndios florestais, levando à evacuação de milhares de pessoas.
Martinez observou que o Mediterrâneo tem enfrentado períodos prolongados de altas temperaturas, o que chama a atenção dos cientistas. Esse aquecimento não se restringe apenas à região mediterrânica, com diversos pontos do globo registrando elevações nas temperaturas dos oceanos.
Em 2023, considerado o ano mais quente da história, as ondas de calor marinhas tiveram uma cobertura média de 32% dos oceanos, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). O fenômeno foi tão intenso que foi classificado como “superondas de calor marinho”. O aquecimento dos oceanos impacta diretamente o clima global, favorecendo a intensificação de tempestades e prejudicando os ecossistemas marinhos.
O observatório Copernicus indicou que 2024 pode superar 2023 como o ano mais quente já registrado, com o último mês de julho sendo o segundo mais quente da história, ficando apenas 0,04°C atrás de julho de 2023. Com os dados apontando para um possível novo recorde de calor, o cenário climático global continua a se agravar, demandando ações urgentes para combater as mudanças climáticas e suas consequências devastadoras.