O trágico acidente envolvendo um avião comercial com 62 pessoas a bordo ocorreu em uma área residencial de Vinhedo, no interior de São Paulo, na sexta-feira (9). Infelizmente, nenhuma pessoa sobreviveu. O processo de identificação das vítimas foi realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), que identificou 40 vítimas por meio de exames papiloscópicos e antropológicos.
O superintendente da polícia técnico-científica do estado, Claudinei Salomão, destacou que a identificação foi realizada sem a necessidade de exames de DNA, o que permitiu uma resposta mais rápida às famílias. A equipe do IML utilizou diversos métodos, como radiografia e odontologia legal, para identificar as vítimas. Mais de 40 profissionais trabalharam exclusivamente na identificação dos corpos das vítimas do acidente.
A gravação da caixa-preta da aeronave ATR-72 revelou momentos de tensão antes da queda, com gritos e o copiloto pedindo mais potência à aeronave. Segundo informações divulgadas pelo Jornal Nacional, da TV Globo, os investigadores tiveram acesso a cerca de duas horas de transcrições das conversas dentro do avião. A perda repentina de altitude e a dificuldade em determinar a causa do acidente foram pontos destacados pela reportagem.
A investigação do Centro de Investigação e Prevenção a Acidentes Aéreos (Cenipa) ainda está em curso, e um laudo final deverá ser emitido em 30 dias. O áudio da cabine da aeronave revelou a tensão da tripulação diante da situação e a tentativa de reagir, embora não tenham conseguido evitar o impacto no solo. O ruído na cabine, causado pelas hélices do avião, dificultou a análise dos investigadores.