A cena se desenrolou em uma sala virtual, onde os dois réus se comunicaram enquanto estão detidos em penitenciárias federais. Domingos está em Porto Velho, enquanto Chiquinho está em Campo Grande. A interação entre os irmãos foi breve, mas carregada de emoção, com Chiquinho visivelmente tocado ao ver a imagem de familiares na tela, tendo que se retirar da sala para se recompor.
Antes do depoimento do delegado Guilhermo Catramby, responsável pelo relatório final da Polícia Federal sobre o caso, os irmãos trocaram palavras de apoio mútuo. Catramby depôs por cerca de dez horas no STF entre terça-feira e quinta-feira, reforçando a convicção de que os Brazão tinham motivos para querer a morte de Marielle, devido a divergências políticas e a atuação da vereadora contra milicianos.
O delegado também apontou que outros policiais teriam obstruído as investigações, impedindo a coleta de provas que corroborassem a delação do assassino confesso da vereadora. Mesmo com as acusações, tanto os irmãos Brazão quanto os delegados negam qualquer envolvimento no crime. Catramby explicou que Domingos começou a ser investigado durante a tentativa de federalização do inquérito, que ocorreu em 2019 sob a Procuradoria-Geral da República.
Apesar das acusações e da pressão sobre os envolvidos, Catramby também ressaltou que não há indícios contra o delegado Daniel Rosa, responsável pelo caso após a prisão dos executores de Marielle. A investigação continua em andamento, com novas linhas sendo seguidas, sempre em busca da verdade sobre a morte da vereadora que chocou o país.