Em uma entrevista à Rádio 96 FM, de Natal, Bolsonaro ressaltou que enxerga a questão como algo pessoal por parte de Alexandre de Moraes. Ele ainda expressou sua preocupação com a utilização das informações obtidas, destacando que ele é o “elo mais fraco” nessa corrente.
De acordo com as mensagens reveladas, Moraes teria ordenado a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral fora do rito para embasar suas próprias decisões no inquérito das fake news no Supremo. Além disso, os alvos da investigação eram escolhidos pelo próprio ministro, incluindo o filho do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro.
O gabinete de Alexandre de Moraes afirmou que todos os procedimentos foram feitos de forma oficial e regular, e que o TSE tem competência para elaborar relatórios sobre atividades ilícitas relacionadas às eleições. Apesar de não haver irregularidades comprovadas, a atuação do ministro pode abrir brechas para os investigados pedirem a anulação das provas obtidas dessa forma.
Diante desse cenário, lideranças bolsonaristas já estão se mobilizando para preparar um pedido de impeachment contra o ministro. No entanto, o senador Alessandro Vieira, do MDB-SE, acredita que o processo não tem chances de ser aprovado no Senado, mesmo reconhecendo possíveis condutas abusivas de Moraes.
