Durante o embate, Marina questionou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) sobre a existência de um documento assinado pela gestão que abordasse esse tema. Em sua resposta, o prefeito afirmou que a candidata poderia ter esclarecido a questão previamente e destacou o compromisso da administração em garantir acesso à educação para todas as crianças da cidade.
Diante das alegações feitas por Marina, a Prefeitura de São Paulo emitiu uma nota negando veementemente a prática do bloqueio puberal em crianças. Segundo o comunicado, a afirmação da candidata é considerada absurda e irresponsável, uma vez que tal procedimento é proibido pelo Conselho Federal de Medicina.
O documento mencionado pela candidata faz parte do Protocolo para o cuidado integral à saúde de pessoas trans, travestis ou com vivências de variabilidade de gênero no município de São Paulo. Este protocolo estabelece diretrizes para o atendimento da população LGBTQIA+ no sistema de saúde municipal, incluindo a possibilidade de bloqueio hipofisário para barrar os hormônios da puberdade em adolescentes.
É importante ressaltar que o objetivo do bloqueio hormonal é proporcionar às crianças trans a oportunidade de desenvolver autonomia sobre suas escolhas e identidades de gênero. O protocolo também estabelece limites de idade para intervenções cirúrgicas, seguindo normativas do Conselho Federal de Medicina e do Ministério da Saúde.
Em meio à polêmica levantada durante o debate eleitoral, a Prefeitura de São Paulo reiterou seu compromisso com a promoção da saúde e o respeito à diversidade, destacando a importância de garantir o acesso a serviços de saúde adequados para todos os cidadãos da cidade. A questão do bloqueio hormonal em crianças trans permanece como tema de debate e reflexão sobre os direitos e o cuidado integral à saúde dessa população.