A IFI, criada em 2016 com o objetivo de aumentar a transparência nas contas públicas, possui como uma de suas atribuições a divulgação de estimativas de parâmetros e variáveis relevantes para a construção de cenários fiscais e orçamentários. Além disso, também é responsável por analisar o desempenho dos indicadores fiscais e orçamentários, verificando sua aderência às metas estabelecidas na legislação.
O relatório da IFI destaca que o cenário fiscal para o próximo ano é incerto, devido a diversos fatores. Entre essas variáveis, podemos destacar a recuperação da economia após a pandemia de Covid-19, a evolução da arrecadação de impostos e a efetividade das medidas de contenção de gastos adotadas pelo governo.
A pandemia de Covid-19 teve um impacto significativo nas contas públicas, com a necessidade de gastos emergenciais para combater a doença e mitigar os efeitos econômicos da crise. Isso levou a um aumento do déficit fiscal e da dívida pública, o que torna ainda mais desafiador o cumprimento da meta fiscal no próximo ano.
Além disso, a efetividade das medidas de contenção de gastos adotadas pelo governo também é uma incógnita. Embora sejam necessárias medidas para controlar as despesas e garantir a sustentabilidade das contas públicas, é preciso ter cautela para não comprometer o investimento em áreas essenciais, como saúde, educação e segurança.
Diante desse cenário, é fundamental que o governo adote medidas eficientes para fortalecer a economia e aumentar a arrecadação de impostos. Isso inclui a retomada de reformas estruturais, como a reforma tributária, que poderiam simplificar o sistema e estimular o crescimento econômico.
Em suma, o relatório da IFI alerta para o risco de descumprimento da meta fiscal no próximo ano, destacando a necessidade de uma receita extra significativa. Diante das diversas incertezas e variáveis presentes, é essencial que o governo adote medidas assertivas para garantir a estabilidade das contas públicas e promover o desenvolvimento econômico.