STF autoriza prisão de blogueiros aliados de Bolsonaro por disseminação de desinformação e ataques a policiais federais

Nesta quarta-feira (14), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a prisão dos blogueiros Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, que são conhecidos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada após um pedido da Polícia Federal, que apontou que os dois estavam disseminando desinformação e notícias falsas, além de atacar policiais federais que atuam em investigações no Supremo por meio de publicações fraudulentas nas redes sociais.

Allan dos Santos é suspeito de obstrução de Justiça, ameaça e crimes contra a honra, enquanto Eustáquio é investigado por corrupção de menores, já que teria utilizado o perfil de sua filha de 16 anos nas redes sociais para fazer publicações. Ambos estão fora do país, com Allan nos Estados Unidos e Eustáquio na Espanha, o que impediu a execução dos mandados de prisão preventiva contra eles até o momento.

Essa não é a primeira vez que os blogueiros enfrentam problemas com a justiça, já que ambos foram alvo de decisões anteriores de Moraes, que os proibiram de utilizar as redes sociais. Eles são investigados por suposta participação em milícias digitais que têm como objetivo atacar autoridades e abalar o Estado Democrático de Direito.

Nesta quarta-feira, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão e nove medidas cautelares em diferentes estados do país. A operação denominada Disque 100 identificou ações para expor e intimidar policiais federais e seus familiares, com a utilização de crianças e adolescentes em redes sociais. Uma das situações relatadas pela PF foi uma postagem feita nas redes da filha de Eustáquio, acusando a presença de policiais em sua casa enquanto ela dormia.

O conselho tutelar do Distrito Federal acompanhou a operação realizada na residência da ex-mulher de Eustáquio, onde vive sua filha. O bloqueio das contas da adolescente nas redes sociais foi determinado por Moraes, porém, a plataforma ainda não o cumpriu, mantendo a conta ativa.

A Agência Brasil está em busca de contato com a defesa dos envolvidos para incluir seus posicionamentos neste texto jornalístico, que busca trazer informações relevantes sobre o caso e as decisões tomadas pelo STF em relação a essa questão.

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