Segundo informações da corporação, a ofensiva tem como alvo uma organização criminosa que estaria manipulando processos no Tribunal para obter vantagens financeiras ilícitas. O montante desviado chega a R$ 14 milhões, referentes a um alvará emitido em um processo com indícios de fraude.
Os desembargadores Luiz Gonzaga Almeida Filho, Marcelino Everton Chaves, Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa e Antônio Pacheco Guerreiro Júnior estão sendo investigados, assim como os juízes Cristiano Simas de Sousa e Alice de Sousa Rocha, e o ex-juiz Sidney Cardoso Ramos. Todas as medidas foram tomadas com autorização do Superior Tribunal de Justiça, que também determinou o sequestro de bens dos envolvidos.
A Polícia Federal está realizando buscas em 55 endereços nos estados do Maranhão, Pará e Rio de Janeiro. Os gabinetes dos magistrados foram periciados e diversas medidas alternativas à prisão foram impostas aos investigados, como o uso de tornozeleira eletrônica e o afastamento de cargos.
A investigação apura uma série de fraudes processuais, como a manipulação de ações, cálculos de correção monetária suspeitos e até mesmo casos de “celeridade seletiva”. Movimentações financeiras suspeitas também foram identificadas, envolvendo o saque de um alvará em um processo fraudulento, com prejuízo ao Banco do Nordeste.
O Tribunal de Justiça do Maranhão emitiu uma nota afirmando que tem colaborado com as investigações da Polícia Federal, ressaltando seu compromisso com a transparência e a governança. O caso continua em andamento e novas informações devem ser divulgadas à medida que a operação avança.