Apesar do resultado negativo do varejo em junho, Santos ressaltou que a sequência de cinco meses consecutivos de expansão fez o setor renovar patamares recorde de vendas até maio. O pesquisador enfatizou que o resultado do mês passado foi o primeiro negativo do ano e que a queda se deve, principalmente, ao efeito da base de comparação elevada.
No que diz respeito às atividades varejistas, a retração em junho foi influenciada principalmente pela queda nas vendas dos supermercados, que têm grande peso na pesquisa. Santos explicou que esse resultado negativo foi puxado pelo setor de supermercados, que vinha registrando crescimento constante nos meses anteriores e estava no ponto mais alto da série histórica em maio.
Outro segmento que teve um impacto negativo relevante sobre a média do varejo em junho foi o de outros artigos de uso pessoal e doméstico. Santos mencionou que houve um recuo mais significativo nas lojas de material esportivo e também queda nas lojas de departamento nesse segmento.
Apesar dos desafios enfrentados pelo varejo em junho, Santos ressaltou que as vendas continuam em alta nas comparações trimestral, semestral e no acumulado em 12 meses, o que indica uma perspectiva positiva para o setor a médio e longo prazo. O pesquisador atribuiu essa tendência positiva a elementos macroeconômicos favoráveis, como o crescimento da massa salarial e o aumento do número de pessoas ocupadas.
Em resumo, apesar da queda registrada em junho, o varejo brasileiro ainda apresenta indicadores positivos a médio e longo prazo, sustentados pelo cenário econômico favorável e pelas perspectivas de crescimento do setor.