Primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, deve renunciar em setembro após escândalos e queda de popularidade. Novas eleições antecipadas podem ocorrer.

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, está prestes a renunciar ao cargo de premier e também à presidência de seu partido no próximo mês de setembro, conforme relatos da imprensa japonesa divulgados nesta terça-feira (13), incluindo a emissora pública NHK. Kishida assumiu o governo em 2021 e durante seu mandato, implementou medidas como o aumento dos gastos militares e uma plataforma de valorização dos salários no mercado de trabalho do país.

No entanto, seu governo foi marcado por um período de alta inflação e escândalos políticos, o que resultou em uma significativa perda de apoio político e popularidade. Esses fatores levaram à decisão de Kishida de renunciar, abrindo assim um período de disputa interna no Partido Liberal Democrático para escolher um novo líder, que automaticamente se tornará o próximo primeiro-ministro do Japão, permanecendo no cargo até as eleições de outubro de 2025, com a possibilidade de um pleito antecipado.

Durante seu mandato, Kishida adotou medidas para estimular a economia japonesa após os impactos da pandemia de Covid-19, resultando em um aumento nos gastos do governo. No entanto, uma decisão controversa foi sua escolha como presidente do Banco Central do país, um acadêmico conhecido por suas políticas de austeridade. Em julho, o Banco do Japão aumentou a taxa de juros para combater a alta inflação, o que gerou instabilidade no mercado de ações japonês e desvalorizou o iene.

A renúncia de Kishida e a escolha de um novo líder no partido e subsequente primeiro-ministro certamente terão impacto nas políticas internas e externas do Japão nos próximos anos, à medida que o país procura se recuperar de desafios econômicos e políticos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo