Um dos principais pontos destacados pela OMS é a fragilidade dos sistemas de imunização em muitos países, que podem ser ainda mais afetados por emergências humanitárias, como conflitos armados. Isso torna as populações vulneráveis a surtos de poliomielite. Além disso, a falta de acesso às vacinas continua sendo um grande obstáculo no combate à doença, especialmente em regiões como o norte do Iêmen e a Somália.
O comitê de emergência constatou o aumento de casos de poliovírus selvagem, com 12 novos casos desde a última reunião, sendo cinco no Afeganistão e sete no Paquistão. Também houve a identificação de casos do poliovírus derivado da vacina em 2024, com um total de 72 registros, incluindo 30 na Nigéria, além de dois novos países afetados: Etiópia e Guiné Equatorial.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que mais de 1 milhão de doses contra a pólio serão enviadas para a Faixa de Gaza, onde foram detectadas seis amostras ambientais do vírus. Para proteger as crianças da região, a OMS, em parceria com outras agências, planeja duas rodadas de campanha de vacinação.
A pólio é uma doença altamente infecciosa transmitida por via fecal-oral, que pode causar paralisia e até mesmo levar à morte. Mesmo com a redução significativa de casos em todo o mundo devido às campanhas de vacinação, ainda é necessário eliminar completamente o vírus para erradicar a doença de forma global.
Portanto, a OMS reforça a importância de continuarmos empenhados na luta contra a poliomielite e destaca a necessidade de garantir o acesso às vacinas e a realização de campanhas de imunização para proteger as populações vulneráveis em todo o mundo. A segurança e saúde de milhões de pessoas dependem do sucesso dessas ações coordenadas e do engajamento de todos os setores da sociedade.