Morita vivia em São Paulo desde 1956 e dedicou sua vida para denunciar os horrores da guerra e promover a cultura de paz. Em março deste ano, foi homenageado em um evento na Etec Santo Amaro, que leva seu nome desde 2019.
O sobrevivente lançou a autobiografia “A Última Mensagem de Hiroshima: O que Vi e Como Sobrevivi à Bomba Atômica” em 2017, onde alertava sobre os perigos de esquecer os acontecimentos do passado, como o uso da bomba nuclear.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Morita foi convocado para o Exército e presenciou a brutalidade com que os soldados eram formados. A explosão da bomba atingiu sua equipe, resultando em várias mortes e feridos. Ele passou a socorrer os sobreviventes imediatamente.
Além disso, a família de Morita, que vivia nos Estados Unidos, também sofreu os impactos da guerra. No Brasil, ele fundou a Associação Hibakusha Brasil pela Paz, que abrangia as vítimas das bombas nucleares de Hiroshima e Nagasaki, reunindo 270 vítimas no país.
Morita deixou um legado de luta pela paz e justiça, sempre alertando sobre os riscos de repetir os erros do passado. Sua filha Yasuko Saito agradeceu a todos que apoiaram a divulgação de sua mensagem e a luta contra a guerra. A morte de Morita, segundo sua filha, se deu devido à velhice, deixando um legado de paz, amor e perdão.