Segundo informações divulgadas pelo Cenipa, o relatório final não terá o objetivo de apontar uma causa única para o acidente, mas sim trabalhar com uma série de fatores que contribuíram para a tragédia. O documento também fará recomendações para evitar acidentes semelhantes no futuro.
O chefe do Cenipa, brigadeiro Marcelo Moreno, explicou que a investigação é dividida em três pilares: fator humano, fator operacional e fator material. Para isso, a equipe conta com profissionais de diversas áreas, como médicos, psicólogos, engenheiros e aviadores, que se dedicam a análise dos dados coletados e à reconstrução do cenário do acidente.
Durante a investigação, o Cenipa utiliza drones para fotografar o local do acidente e reconstruir as imagens em 3D por meio de softwares. A análise dos dados é feita no laboratório do órgão, sendo a fase mais demorada do processo, dependendo das condições dos equipamentos e da capacidade de extrair informações das caixas-pretas.
É importante ressaltar que a investigação do Cenipa é independente e não tem o intuito de responsabilizar criminalmente os eventuais responsáveis pelo acidente. Essa atribuição cabe a outras autoridades competentes, como a Polícia Federal e a Polícia Civil estadual, que conduzirão suas próprias investigações.
Não existe um prazo definido para a conclusão do relatório final, mas o Cenipa pretende apresentar o documento preliminar em até 30 dias. Durante todo o processo, o órgão segue rigorosos protocolos para garantir a transparência e eficácia da investigação, visando sempre a segurança e prevenção de acidentes aeronáuticos.
