Parentes das vítimas questionam manutenção de avião da Voepass após acidente em Vinhedo: empresa foi negligente? Anac investiga.

Na esteira da tragédia envolvendo a queda do avião da Voepass em Vinhedo (SP), advogados e parentes das vítimas estão em busca de elementos que possam respaldar a alegação de negligência por parte da empresa na manutenção da aeronave. Relatos de usuários sobre problemas técnicos em voos anteriores no mesmo avião, como ar-condicionado desligado, somados a denúncias de ex-funcionários da companhia, têm sido trazidos à tona como indícios de possíveis falhas na prestação do serviço.

É importante ressaltar que, até o momento, não há provas concretas que demonstrem falhas na manutenção da aeronave. Segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião envolvido no acidente, um ATR-72, estava com todas as condições regulares e certificados válidos.

Diante da gravidade do acidente, a Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça, determinou que a Voepass prestasse esclarecimentos sobre as condições de suas aeronaves. Um prazo de 48 horas foi estabelecido para que a empresa informasse detalhes como modelos, anos de fabricação e periodicidade de revisões.

Além disso, a companhia aérea também foi questionada sobre o atendimento prestado às famílias das vítimas, bem como sobre as inúmeras reclamações envolvendo problemas como bagagens danificadas, cancelamentos de voos sem reembolso e condições precárias das aeronaves.

Até o momento, 17 corpos das vítimas do acidente foram identificados e oito já foram liberados para as famílias. Outros nove corpos estão em processo de documentação para posterior liberação. O trágico acidente, que vitimou 62 pessoas, ocorreu em uma área residencial de Vinhedo, no interior de São Paulo, e não houve sobreviventes. As investigações sobre as causas da queda do avião seguem em andamento.

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