Tragédia no céu: médica e colegas são vítimas de acidente aéreo em Vinhedo, interior de São Paulo

Na manhã da última sexta-feira (9), uma tragédia abalou a vida de dezenas de famílias brasileiras. O voo em que a médica Arianne Risso, de 34 anos, embarcou com uma colega para um congresso em Curitiba, e faria escala em Guarulhos, caiu no quintal de uma casa em Vinhedo, interior de São Paulo. A bordo estavam 61 pessoas, incluindo Arianne e sua colega Mariana Comiran Belim.

Leonardo Risso da Silva, marido de Arianne, recebeu a notícia do acidente de forma inesperada. Enquanto estava no trabalho, uma amiga da esposa entrou em contato pedindo o número do voo, o que o fez suspeitar do pior. Ele se dirigiu ao aeroporto de Cascavel e aguardou até que a trágica confirmação chegasse com a lista de passageiros. Devastado, Leonardo decidiu seguir para São Paulo, onde seria feita a identificação das vítimas.

A vida do casal era marcada por sacrifícios e sonhos compartilhados. Eles venderam tudo para se mudarem de Fernandópolis, interior de São Paulo, para Blumenau, em Santa Catarina, onde Arianne começou sua especialização em oncologia. Depois, se mudaram para o oeste paranaense para que ela pudesse concluir sua residência no Hospital do Câncer de Cascavel. A decisão de Arianne em deixar o emprego na rede municipal de saúde para se especializar foi motivada por uma profunda vocação em cuidar das pessoas.

Agora, Leonardo enfrenta o desafio de lidar com a perda da esposa, a quem descreve como a pessoa mais humana que já conheceu. Arianne e Mariana eram médicas admiradas por todos pelo seu carinho, dedicação e respeito com os pacientes. Enquanto familiares das vítimas se deslocam de Cascavel para São Paulo para auxiliar no processo de reconhecimento dos corpos, uma força-tarefa da Polícia Científica foi montada para a coleta de material genético dos parentes das vítimas, a fim de agilizar a identificação dos corpos no Instituto Médico-Legal.

A tragédia aérea que vitimou Arianne Risso, Mariana Comiran Belim e outras 59 pessoas comoveu o país e deixou marcas indeléveis nas pessoas que as conheceram e conviveram com elas. A comunidade médica lamenta a perda irreparável dessas profissionais dedicadas e humanas. Que a memória delas seja honrada e que suas famílias encontrem conforto neste momento de profunda dor.

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