Diplomacia: A Homenagem Póstuma de Batatinha ao Samba Bahiano Através dos Olhos de Maria Bethânia e Outros Grandes Nomes

A coletânea “Diplomacia” é um verdadeiro tesouro para os amantes do samba, apresentando uma seleção cuidadosa das composições de Batatinha, um dos grandes nomes do gênero. O álbum mergulha nas obras desse talentoso sambista, que infelizmente gravou apenas quatro discos ao longo de sua carreira: “Batatinha e Companhia Ilimitada” (1969), “Samba da Bahia” (1975), “Toalha da Saudade” (1976) e “Batatinha, 50 anos de Samba” (1993).

Uma das principais características deste projeto é a homenagem póstuma a Batatinha, que faleceu vítima de câncer pouco tempo após concluir a gravação das 12 faixas do álbum. A coletânea também conta com interpretações de renomados artistas da música brasileira, como Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Jussara Silveira e os parceiros de samba de Batatinha na Bahia: Riachão, Nelson Rufino, Walmir Lima e Edil Pacheco.

Maria Bethânia, em especial, teve um papel significativo na valorização do legado de Batatinha. No documentário “Batatinha e o samba oculto da Bahia”, a cantora revela a influência do jazz nas composições e melodias do sambista. Bethânia, conhecida por sua performance cênica e poética, incorporou canções de Batatinha em seus shows e gravações ao longo de sua carreira.

A faixa “Diplomacia” foi incluída no primeiro disco de Bethânia, de 1965, e fez parte do repertório do show “Opinião”, no qual a cantora se apresentou ao lado de Zé Keti e João do Vale, em 1965, no Teatro de Arena do Rio de Janeiro. O lançamento nacional da intérprete, vinda do Recôncavo da Bahia, foi marcado pela interpretação emocionante de canções de Batatinha.

Assim, “Diplomacia” não apenas celebra a genialidade de Batatinha, mas também reforça a importância de preservar e difundir a rica história do samba brasileiro para as novas gerações de apreciadores da música popular.