Resgate concluído e caixas-pretas encontradas: investigação sobre a queda do avião da Voepass em Vinhedo continua

O resgate das 62 vítimas da queda do avião da Voepass em Vinhedo, no interior de São Paulo, foi concluído pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo no sábado (10) à noite. As operações continuam neste domingo (11) no Instituto Médico Legal (IML) da capital paulista, onde os peritos da Polícia Federal (PF) estão auxiliando na identificação das vítimas.

Devido ao impacto da queda e ao incêndio resultante, os peritos estimam que levarão vários dias para identificar algumas das vítimas. Além disso, as caixas-pretas do avião, que são cruciais para a investigação das causas do acidente, foram recuperadas e estão agora sob custódia dos investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

As caixas-pretas chegaram a Brasília no sábado (10), transportadas pela Força Aérea Brasileira (FAB). Essas caixas, contendo o gravador de voz do cockpit (CVR) e o gravador de dados de voo (FDR), serão fundamentais para compreender o que levou o ATR 72-500 a cair repentinamente a 4.000 metros de altitude em apenas um minuto.

Uma das teorias levantadas por especialistas é que a formação de gelo nas asas da aeronave possa ter sido um dos fatores que contribuíram para o acidente. Marcel Moura, diretor de operações da Voepass, afirmou que o avião é sensível ao gelo, mas ressaltou que é preciso aguardar as investigações para chegar a conclusões mais precisas.

É importante ressaltar que o avião da Voepass caiu em uma área urbana de Vinhedo, por pouco não atingindo uma residência. As imagens divulgadas mostram que a aeronave caiu sobre carros estacionados e parte de um muro. Este acidente já é considerado o sexto mais letal da história do Brasil, reforçando a importância de investigações detalhadas para prevenir que eventos semelhantes ocorram no futuro.

(Com informações de Bianca Camargo, Guilherme Rajão e Fábio Munhoz).

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