Segundo informações do Ministério Público, Eduardo não aceitava o fim do relacionamento de 25 anos com Nadia, que havia solicitado medidas protetivas à Justiça devido ao comportamento agressivo do ex-marido após a separação. O crime chocou a população e deixou três filhos do casal órfãos.
Além do homicídio qualificado, as investigações também apuram o furto do celular da vítima após o crime e a divulgação de fotos íntimas de Nadia, trocadas com um homem com quem a vítima teria tido um breve relacionamento. Eduardo teria enviado áudios de ameaça a esse homem e à filha do casal, aproveitando-se da posse do celular da ex-mulher.
O suspeito encontra-se foragido e, até o momento, não há informações sobre a constituição de uma defesa em seu favor. O crime aconteceu na noite de quinta-feira (8) e a PM foi acionada para atender a ocorrência de homicídio na Barra da Tijuca. Infelizmente, Nadia não resistiu aos ferimentos e faleceu antes de receber atendimento médico.
O aumento dos casos de feminicídio e homicídio doloso na cidade do Rio de Janeiro tem sido motivo de preocupação para as autoridades. Segundo o Instituto de Segurança Pública, no primeiro semestre deste ano houve um aumento de 9,3% nos casos de homicídio doloso e de 40,4% nos casos de tentativa de feminicídio em relação ao mesmo período do ano anterior.
É fundamental que a sociedade e as instituições continuem a combater a violência contra as mulheres e a buscar formas de prevenir novas tragédias como a que vitimou Nadia Aparecida Alves Lage. A justiça precisa ser feita e o agressor responsabilizado pelo crime hediondo que cometeu.
