Suspeito é preso após matar ex-namorada com milk-shake envenenado em Maricá; caso reacende debate sobre Lei Maria da Penha

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma prisão que chocou a população na terça-feira (6). Deivid Nascimento Santana, de 30 anos, foi detido sob a suspeita de assassinar a ex-namorada, Vitória da Conceição Pereira, de apenas 23 anos, com um milk-shake envenenado. O crime ocorreu na cidade de Maricá, na região metropolitana.

A vítima, Vitória, estava trabalhando quando passou mal após ingerir a bebida contaminada. Mesmo sendo levada para o hospital, ela não resistiu e faleceu no mesmo dia devido a uma parada cardiorrespiratória. As investigações conduzidas pela 82ª Delegacia de Polícia de Maricá apontam Deivid como o responsável por adicionar chumbinho, um veneno utilizado contra ratos, ao milk-shake de morango, solicitando a entrega da bebida a Vitória por meio de um conhecido.

Não é a primeira vez que Deivid está envolvido em casos de violência contra Vitória. No ano anterior, ele já respondia a acusações de violência doméstica, o que resultou em uma medida protetiva concedida à vítima. A Justiça determinou que ele deveria manter distância da residência de Vitória e de qualquer contato com ela e seus familiares. Diante desses acontecimentos, a polícia solicitou a prisão preventiva de Deivid por feminicídio, e ele foi localizado em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro.

A investigação também revelou que Deivid teria persuadido um empregador a contratar Vitória para um serviço de limpeza, durante o qual ela teria sido alvo do ataque com o milk-shake envenenado. A polícia acredita que os contratantes não tinham conhecimento do plano maligno do suspeito.

Esse trágico episódio ocorre em um momento em que a Lei Maria da Penha, que completou 18 anos nesta quarta-feira (7), continua sendo um instrumento fundamental na proteção das mulheres vítimas de violência. Ao longo de sua existência, a legislação resultou em milhões de decisões de medidas protetivas, a maioria favorável às vítimas que buscam se manter longe de seus agressores. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados para garantir a efetividade dessa lei e proteger mulheres em situações de vulnerabilidade.

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