A importância das onças-pintadas para o equilíbrio do ecossistema não pode ser subestimada, pois esses felinos são predadores topos de cadeia, ágeis e essenciais para a regulação da fauna local. Além das onças, outras espécies também sofrem com as queimadas, como o tatu-canastra, que tem sua população reduzida e dificuldade de fugir do fogo. O estudo científico publicado recentemente alertou para os efeitos deletérios dos incêndios provocados pelo homem na biodiversidade pantaneira.
A intensidade das queimadas neste ano, aliada à mudança climática e ao período de seca antecipado, tem causado grande preocupação. Em 2020, 43% do Pantanal foi queimado, e os danos à vida selvagem são evidentes. O biólogo Gustavo Figueiroa relata as enormes dificuldades enfrentadas pelas brigadas no combate às chamas, especialmente em áreas de vegetação mais densa, onde diversas técnicas são aplicadas para conter o avanço do fogo.
O Recanto Ecológico Caiman, afetado pelos incêndios, é uma área de conservação que visa promover o ecoturismo para preservar o bioma. No entanto, a reserva sofreu sérios impactos e teve suas atividades suspensas. O resgate e cuidado aos animais silvestres feridos têm sido prioridades, com equipes especializadas atuando incansavelmente na região.
O número de animais resgatados até o momento é significativo, demonstrando a urgência da situação. As autoridades locais e organizações de resgate continuam a mobilizar esforços para salvar a vida selvagem do Pantanal, uma batalha árdua em meio às chamas que consomem a região. A conservação da fauna e flora da área é fundamental para garantir um futuro sustentável para o Pantanal e suas espécies icônicas.
