TCU decide se Lula deve devolver relógio Cartier em meio a polêmica sobre presentes de ex-presidentes. Brazaltor desde o início.

No Brasil, país marcado por uma intensa polarização política, é raro ver um bolsonarista e um petista se abraçando sem que haja uma discussão acalorada. No entanto, em meio a esse cenário de divisão, uma situação curiosa surge, onde o presidente Jair Bolsonaro deseja uma companhia inusitada: a de Luiz Inácio Lula da Silva.

Assim como um torcedor do Palmeiras infiltrado na torcida do Corinthians, Bolsonaro espera que o Tribunal de Contas da União (TCU) poupe Lula de devolver um presente recebido em 2005. Trata-se de um relógio Cartier, oferecido ao ex-presidente durante seu primeiro mandato. O TCU, em 2016, determinou que mais de 500 presentes recebidos por Lula durante sua gestão deveriam ser devolvidos, exceto por itens pessoais como roupas, perfumes e alimentos.

A questão em torno do relógio Cartier volta à tona com uma representação de um deputado bolsonarista, que levou o caso ao plenário do TCU. Os nove ministros que compõem o tribunal terão que decidir se Lula deve devolver o presente ou se a regra de 2016, que rege a devolução de presentes caros à União, pode ser aplicada retroativamente.

A sessão para deliberar sobre o caso está marcada para esta quarta-feira, e a decisão dos ministros promete ser controversa. Enquanto alguns defendem a devolução do relógio, outros argumentam que a legislação de 2016 não pode ser aplicada de forma retroativa. A discussão promete continuar alimentando o debate político e midiático no país, em meio a um momento de grande tensão e polarização.

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