María Oropeza, coordenadora do comando de campanha de Corina, divulgou, por meio de sua conta no Instagram, o momento em que funcionários da DGCIM (Direção de Contrainteligência Militar) invadiram sua casa. Em um momento de tensão, Oropeza pediu ajuda e afirmou não ser criminosa, apenas uma cidadã em busca de um país melhor.
A detenção ocorreu após Oropeza criticar a “Operação Tun Tun”, da DGCIM, que incentivava denúncias de casos de “ódio” em meio às manifestações contra as eleições presidenciais. A campanha pedia informações detalhadas sobre os denunciantes e as supostas agressões ou ameaças.
O Comitê de Direitos Humanos do Partido Vente Venezuela, coordenado por Corina, denunciou a prisão de Oropeza e alertou a comunidade internacional sobre a situação. Já a própria Corina pediu a liberdade imediata da colaboradora, que considerou uma jovem corajosa, inteligente e generosa.
O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, também se manifestou, afirmando que a prisão de Oropeza se soma às denúncias de crimes contra a humanidade cometidos pelo regime de Maduro, que realizou mais de 1.000 detenções por motivos políticos.
Os protestos na Venezuela começaram após as eleições de 28 de julho, contestadas pela oposição. Maduro afirmou ter prendido 1.200 pessoas e preparava prisões de segurança máxima para receber os manifestantes. A situação no país tem sido marcada por uma crescente tensão, sendo chamada por alguns de uma “guerra de atas”, com acusações de irregularidades no processo eleitoral.
A comunidade internacional, incluindo a OEA, tem se manifestado contra a repressão do regime de Maduro e exigido respeito aos direitos humanos e à democracia na Venezuela. A situação no país continua sendo monitorada de perto pelas autoridades internacionais.