Ministério da Saúde atualiza diretrizes para prevenção da conjuntivite neonatal em recém-nascidos, substituindo nitrato de prata por substâncias mais eficazes

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira, em Brasília, a atualização das diretrizes para a prevenção da conjuntivite neonatal, uma infecção ocular que pode afetar bebês com até um mês de vida. A conjuntivite neonatal atinge a membrana que reveste a pálpebra e pode causar complicações graves se não for tratada adequadamente.

Segundo a nota técnica divulgada pelo ministério, a recomendação é substituir o nitrato de prata 1% por iodopovidona a 2,5%, eritromicina 0,5% ou tetraciclina 1%, por serem mais eficazes e menos irritantes para os recém-nascidos. Estudos recentes indicam que esses novos agentes oferecem uma proteção mais eficaz contra infecções oculares.

A conjuntivite neonatal é considerada uma importante causa de cegueira infantil, especialmente em países de baixa e média renda. Transmitida muitas vezes durante o parto, a doença pode resultar em complicações graves, como perfuração da córnea e perda da visão.

O documento do Ministério da Saúde alerta que o nitrato de prata 1% pode causar desconforto e até conjuntivite química em bebês, enquanto a iodopovidona a 2,5% é uma opção mais segura e eficiente, com custo acessível.

Após o nascimento, os recém-nascidos devem passar por cuidados imediatos, como o contato pele a pele com a mãe, que contribui para estabilizar a temperatura e a respiração do bebê, além de promover o vínculo emocional. A prevenção ocular é parte essencial desses cuidados iniciais.

O Ministério da Saúde destaca a importância da implementação das novas recomendações nos hospitais para minimizar os riscos e garantir o bem-estar dos recém-nascidos. A busca por uma eficácia maior na prevenção da conjuntivite neonatal reflete o compromisso do governo em promover a saúde infantil e garantir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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