De acordo com a OMS, a situação na Europa é especialmente preocupante, com um alto índice de testes de diagnóstico positivos, chegando a 20%. Essa taxa é considerada elevada e indica que o vírus ainda está circulando de forma intensa na região. Um exemplo alarmante foi o registro de mais de 40 casos positivos entre atletas durante os Jogos Olímpicos de Paris, mostrando a vulnerabilidade das comunidades mesmo em eventos de grande porte.
“A covid-19 não desapareceu e está aqui para ficar”, alertou a diretora técnica da OMS, Maria van Kerkhove, em pronunciamento nesta terça-feira. Ela ressaltou que a doença ainda demanda atenção e cuidados por parte dos governos e da população, para evitar um ressurgimento grave da pandemia. A especialista enfatizou que a circulação real do vírus pode ser muito maior do que se imagina, dependendo da região e das medidas adotadas.
A falta de prioridade dada à covid-19 por alguns governos preocupa a OMS, que teme o surgimento de variantes mais agressivas do vírus, colocando em risco a eficácia das vacinas e a proteção das comunidades. A organização enfatizou a importância de manter as medidas de prevenção e de ampliar a cobertura vacinal, como forma de controlar a disseminação da doença e evitar um retrocesso no combate à pandemia.