Vários países reconhecem Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela após vitória esmagadora da oposição

Na última sexta-feira, os Estados Unidos, Uruguai, Costa Rica, Peru, Equador e Panamá reconheceram Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela. Segundo um comunicado emitido pelos EUA, a vitória da oposição foi descrita como esmagadora. Uma contagem paralela da agência de notícias Associated Press apontou que Urrutia venceu por mais de 3 milhões de votos, após a análise de 79% das urnas.

A notícia foi recebida com celebração por parte da ex-presidente argentina, Cristina Kirchner, que expressou sua satisfação com a liderança da oposição María Corina Machado. Corina e o próprio Urrutia relataram estarem sofrendo ameaças de prisão por parte do regime chavista. Ambos estavam sumidos desde terça-feira, mas Corina fez um discurso contra Maduro em um evento recente, mostrando coragem e determinação diante das adversidades.

Entretanto, a suspeita de irregularidades na eleição desencadeou uma onda de violência generalizada no país. Pelo menos 19 pessoas morreram e a oposição relata 11 desaparecidos. Maduro reagiu anunciando a prisão de mais de 1.200 manifestantes e ameaçou enviá-los para prisões de segurança máxima, evidenciando a tensão e o clima de instabilidade político-social que assola a Venezuela.

Um dia antes dos protestos marcados para sábado, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) reafirmou a vitória de Maduro, porém sem divulgar as atas eleitorais. Essa falta de transparência gerou críticas tanto da oposição quanto da comunidade internacional. O Brasil, representado pelo diplomata Celso Amorim, expressou sua decepção com a demora na divulgação dos dados da eleição presidencial, evidenciando a necessidade de transparência e respeito à democracia no país vizinho.

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