No último sábado, Hu Xijin compartilhou sua última postagem nas mídias sociais, o que gerou especulações e capturas de tela divulgadas por internautas. A suspensão de seus perfis nas plataformas WeChat, Weibo e Douyin – o TikTok original – causou um rebuliço nas redes sociais e nos veículos de comunicação do país.
O motivo por trás da punição foi uma postagem em que Hu comentava a Terceira Plenária do Partido Comunista da China, destacando a retirada da menção à propriedade estatal como pilar do país. Essa visão, interpretada como um sinal de fortalecimento da iniciativa privada, desencadeou uma série de questionamentos e críticas por parte de outros internautas e acadêmicos.
A repercussão atingiu jornais de todo o continente asiático, chegando até mesmo à imprensa estrangeira, que apontou o episódio como um caso de censura. A suspensão de Hu das plataformas digitais promete durar 30 dias, mas há especulações de que o jornalista, com sua vasta experiência e senso político aguçado, conseguirá superar esse obstáculo.
Hu Xijin, ao longo de sua carreira, passou por diferentes fases e opiniões, desde sua postura mais agressiva em relação às políticas externas da China até uma abordagem mais moderada e crítica em relação ao nacionalismo e ao extremismo online. Sua influência e contribuição para o debate público chinês são inegáveis, sendo ele uma figura que divide opiniões, mas que não pode ser ignorada.
Neste momento de incerteza e repercussão, Hu Xijin emerge como um ponto central no cenário midiático chinês, questionando os extremistas online e defendendo um espaço maior para a mídia no país. Sua trajetória é marcada por polêmicas, mas também por uma busca constante pela liberdade de expressão e pela pluralidade de opiniões em um contexto complexo e delicado como o da China atual.