Ativismo universitário leva Ismail Haniyeh à liderança do Hamas: da militância estudantil à ascensão política e conflitos em Gaza.

Ativismo universitário levou Ismail Haniyeh, líder do Hamas, a se aproximar da ideologia extremista do grupo. Em 1983, ele ingressou no curso de literatura árabe na Universidade Islâmica da Cidade de Gaza, onde se envolveu com o Bloco de Estudantes Universitários, visto como o precursor do Hamas.

As prisões e deportações marcaram a trajetória de Haniyeh. Ele foi preso em 1988 por seis meses, e novamente em 1989 por três anos, devido à sua participação na Primeira Intifada. Após ser libertado, foi deportado para o Líbano, retornando apenas em 1993 com o Acordo de Paz de Oslo.

A relação com o sheik Ahmad Yassin, fundador do Hamas, foi crucial para a ascensão de Haniyeh na organização. Após o retorno do exílio, ele se tornou assistente de Yassin, o que o aproximou da liderança do grupo extremista.

Um acontecimento marcante na vida de Haniyeh foi a fuga de um ataque em 2003, momentos antes de um bombardeio israelense atingir o prédio em que estava. A morte de Yassin, que escapou do ataque, potencializou a exposição midiática de Haniyeh, contribuindo para sua construção de imagem como líder.

Em 2006, o Hamas venceu as eleições do Conselho Legislativo Palestino, resultando na nomeação de Haniyeh como primeiro-ministro do país. No entanto, seu mandato democrático foi interrompido em 2007, quando foi demitido do cargo devido à pressão internacional, desencadeando uma crise que resultou na tomada de poder do Hamas em Gaza.

Desde então, a região não viu mais eleições democráticas, com o controle do Hamas sobre Gaza se mantendo firme. Ismail Haniyeh permanece como uma figura de destaque no cenário político palestino, liderando o grupo extremista Hamas.

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