A autorização judicial para interrupção da gestação foi obtida por Tatielle, que e seu marido, José Ricardo Dias, buscaram atendimento no Hospital Materno Infantil de Goiânia. No entanto, a intervenção foi impedida pelo habeas corpus concedido ao padre Lodi, resultando no doloroso retorno de Tatielle para casa, onde deu à luz um feto que não sobreviveu.
A Pró-Vida questionava a penhora de seus bens para indenizar o casal, alegando que os recursos eram destinados ao sustento de pessoas acolhidas pela associação. No entanto, a juíza Lívia Vaz da Silva considerou que a associação não provou que os valores penhorados eram exclusivamente utilizados para esse fim, decidindo pela manutenção da penhora.
Após anos de processo, o Supremo Tribunal Federal confirmou a decisão que determinou o pagamento de R$ 398 mil em indenização ao casal. Até o momento, a condenação não foi cumprida e nenhum patrimônio de valor foi encontrado nas contas bancárias ou em posse do padre Lodi. Em novembro de 2023, a Justiça determinou o bloqueio e a busca de bens da associação de Anápolis para quitar a indenização.
Caso a Pró-Vida não possua recursos em conta, seus imóveis, automóveis e outros bens poderão ser bloqueados e leiloados para satisfazer a dívida. A Justiça tem agido para garantir que o casal seja devidamente indenizado, mesmo diante da resistência da associação antiaborto. A busca por justiça e reparação para Tatielle e seu marido continua, evidenciando a gravidade do episódio ocorrido em 2005.