Para muitos escritores, o processo criativo é um mistério, algo que não pode ser explicado ou ensinado. A ideia de cursos que prometem ensinar a escrever uma obra premiada é questionada por diversos autores, que veem essa abordagem como superficial e ineficaz. No entanto, ao longo do caminho, encontramos boas referências e livros teóricos que podem contribuir para o desenvolvimento da escrita.
O livro “A Obrigação de Ser Genial”, de Betina Gonzáles, é um exemplo desse tipo de obra. Longe de ser um manual de técnicas literárias, o livro narra a trajetória da autora como uma professora e escritora experiente, que acredita no poder de sua história e na importância do exorcismo ao começar um novo livro. Gonzáles critica a tendência atual da literatura confessional, apontando a importância da imaginação e dos devaneios na construção de uma boa história.
O livro de Gonzáles convida os leitores a escreverem com coragem, abrindo-se para experiências únicas e frases peculiares. A autora ressalta a diferença entre o texto sentimental, que busca apenas empatia, e a boa literatura, que deseja ser compreendida, mesmo correndo o risco do mal-entendido. A obra também aborda as dificuldades enfrentadas pelos escritores na era das redes sociais, onde a necessidade de visibilidade muitas vezes entra em conflito com a busca por momentos de silêncio e reclusão.
Em resumo, “A Obrigação de Ser Genial” é um convite para os aspirantes a escritores se entregarem à escrita com honestidade e coragem, buscando a transformação através das palavras. A obra de Betina Gonzáles nos lembra da importância da imaginação, da originalidade e do comprometimento com a arte da escrita, em um mundo cada vez mais exigente e competitivo no cenário literário.
