Uma mulher desamparada contou que saiu para gritar ao saber do resultado das eleições. A incerteza do futuro fez com que ela questionasse se deveria permanecer no país ou buscar refúgio em outro lugar. A sensação de impotência era compartilhada por muitos outros, que se sentiam roubados e sem perspectiva de melhora.
No centro de Caracas, comerciantes fecharam seus estabelecimentos e uma família chorava em casa, enquanto um jovem questionava a ausência dos supostos 5 milhões de eleitores que teriam votado em Maduro. O clima de desconfiança e revolta se espalhava pelas ruas, com manifestações como panelaços e buzinaços demonstrando a insatisfação da população.
Maduro, que está no poder desde 2013, poderá se manter na presidência até 2031, somando 18 anos de governo. Isso o colocaria abaixo apenas de Juan Vicente Gómez, que governou por 27 anos. O sentimento de injustiça era evidente entre os venezuelanos, que se sentiam oprimidos e negligenciados pelo atual governo.
Em meio a esse cenário de incerteza e descontentamento, os relatos de angústia e desesperança demonstram a profunda crise política e social que assola a Venezuela. A população clama por mudanças e por um futuro mais promissor, mas as perspectivas parecem sombrias diante de um governo que segue no poder apesar das críticas e denúncias de irregularidades nas eleições.