João Lucas foi baleado com pelo menos três tiros no dia 28 de março deste ano, tornando-se uma das vítimas fatais das operações policiais realizadas na Baixada Santista. Dentre essas operações, a Escudo completou um ano recentemente.
Regina não está sozinha nessa jornada de perda e luta por justiça. Muitas famílias que perderam entes queridos de maneira trágica sentem-se ameaçadas e intimidadas pelas forças de segurança, o que, muitas vezes, as leva a abandonar suas casas em busca de segurança e paz.
A mãe de João Lucas enfrentou dias de depressão após a tragédia, porém, decidiu investigar a morte de seu filho por conta própria. Segundo relatos de moradores da favela onde o jovem foi morto, policiais teriam instaurado um toque de recolher horas antes do ocorrido.
O caso de Regina não é único. Centenas de mães na Baixada Santista compartilham histórias semelhantes de perda e luta por justiça. Um estudo realizado em parceria com a Unifesp e a universidade Harvard revelou que a violência policial não apenas causa dor emocional, mas também impacta a saúde física dessas mães, gerando diversas sequelas.
A Defensoria Pública estadual está tomando medidas para garantir a reparação das famílias afetadas pelas mortes ocasionadas pela polícia. Recentemente, foi preparado o primeiro pedido de indenização à família de Rogério Andrade de Jesus, morto durante a Operação Escudo. Esse é um passo importante para assegurar o respeito aos direitos humanos e a responsabilização dos agentes públicos por suas ações.
Enquanto Regina luta por justiça e por uma mudança em sua realidade, seu caso representa uma luta maior por dignidade e respeito às vítimas da violência policial na Baixada Santista.