Segundo dados do programa BDQueimadas, do Inpe, a Amazônia vive seu pior cenário de fogo em duas décadas, com um número alarmante de focos de calor registrados desde o início do ano. Comparado ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 75% nos focos de incêndio, evidenciando a gravidade da situação na região.
A seca que se iniciou mais cedo em 2024, somada às condições climáticas desfavoráveis, tem contribuído para a propagação dos incêndios. O fenômeno La Niña, esperado para o segundo semestre, pode trazer alguma esperança de chuvas para a região, porém a intensidade ainda é incerta.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima atribui o aumento dos incêndios à mudança climática e ao fortalecimento do El Niño em 2023. Para combater as queimadas, o Ibama e o ICMBio contarão com mais de 3.000 brigadistas e um investimento de R$ 405 milhões destinado aos Corpos de Bombeiros da Amazônia Legal.
A redução do desmatamento em 2023 foi reconhecida, porém houve um aumento significativo na área queimada, representando um desafio adicional para os brigadistas da região. O indígena borari Marcílio Castro, voluntário na Brigada de Alter, relata as dificuldades enfrentadas durante a operação de combate ao fogo, incluindo a seca dos rios que dificultou o acesso às áreas afetadas.
O trabalho incansável dos voluntários da Brigada de Alter demonstra a importância do engajamento local na preservação da Amazônia e na luta contra as queimadas, mesmo diante de desafios e adversidades contínuas. A conscientização e a mobilização da sociedade em prol do meio ambiente são fundamentais para proteger essa riqueza natural tão ameaçada.