Família de ajudante de pedreiro morto durante Operação Escudo relata abordagens frequentes pela PM em Santos um ano após o crime

No último ano, a família do jovem ajudante de pedreiro Layrton Fernandes da Cruz, de 22 anos, tem vivido momentos de angústia e intimidação por parte da polícia militar em Santos, litoral paulista. Essa situação se tornou frequente após Layrton ter sido brutalmente morto durante a Operação Escudo, que completa um ano de sua trágica ocorrência.

Imagens obtidas de uma câmera de segurança instalada em frente à casa da mãe de Layrton mostram diversas abordagens policiais na mesma viela ao longo do ano. As investidas ocorreram em datas como 5 de janeiro, 4 de março, 2 e 3 de maio e 17 de junho, mostrando a constante presença policial na região.

Essas abordagens, segundo relatos de familiares e testemunhas, estão inseridas em um contexto de intimidações e ameaças após o ocorrido durante a Operação Escudo. A família de Layrton, em especial, tem sido alvo de abordagens frequentes e invasivas, tornando a rotina da família ainda mais difícil.

As ações da polícia têm sido questionadas e a Secretaria da Segurança Pública afirmou que os casos estão sendo investigados pela DEIC de Santos e pela Polícia Militar, que analisam as denúncias feitas. A pasta declarou ainda que a instituição não compactua com excessos e desvios de conduta, punindo os envolvidos quando necessário.

Dentre os registros que preocupam a família de Layrton, estão vídeos que mostram PMs adentrando a casa sem autorização e sem mandado judicial, bem como realizando abordagens truculentas e intimidatórias. Em um dos casos, os policiais apontaram lanternas para a câmera de segurança para borrar a imagem, impedindo o registro da ação.

Além disso, casos semelhantes de intimidação foram relatados por outras famílias vítimas de ações policiais violentas, como o caso do encanador Willians dos Santos Santana e do garçom Filipe do Nascimento. As abordagens invasivas e intimidatórias estão sendo acompanhadas de perto pelas autoridades responsáveis.

É fundamental que haja transparência e rigor nas investigações desses casos, a fim de garantir que a segurança pública atue de acordo com a lei e respeitando os direitos individuais dos cidadãos. A família de Layrton e de outras vítimas merecem justiça e a devida punição para os responsáveis por esses abusos.

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