Oposição venezuelana busca apoio das Forças Armadas em meio a incertezas sobre resultado das eleições presidenciais

No cenário político venezuelano, a proximidade das eleições levanta diversas questões e incertezas sobre o futuro do país. Em meio a esse contexto, a negociação com as Forças Armadas se mostra como um dos aspectos mais importantes a serem considerados, uma vez que os militares ainda são influenciados pelo pensamento bolivariano, ideologia propagada por Hugo Chávez, um ex-militar.

Segundo Javier, especialista em política regional, é crucial entender não apenas se o chavismo continuará no poder, mas também como a oposição poderá convencer as Forças Armadas a apoiá-los. Nesse sentido, a figura de Maria Corina Machado e seu representante, Edmundo Gonzáles, têm ganhado destaque como uma oposição mais “confiável” para alguns setores da população.

Para o moto-taxista Germano Gonzalez, a experiência com Juan Guaidó, que se autodeclarou presidente em 2019, deixou uma sensação de oportunismo e falta de confiança na oposição. Ao contrário, Maria Corina é vista como uma alternativa mais sólida e realista, principalmente por sua origem em uma família tradicionalmente ligada ao setor empresarial venezuelano.

Além disso, a oposição tem manifestado preocupações sobre possíveis fraudes eleitorais e alegações de que, mesmo vencendo, poderiam não assumir o poder de fato. Por conta disso, mais de 600 observadores estrangeiros, incluindo especialistas da ONU, foram enviados para acompanhar o processo eleitoral de perto.

No Brasil, o assessor especial do presidente Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, também está presente como observador das eleições. A expectativa é que o resultado das urnas traga novos rumos para a política venezuelana e influencie as relações do país com a comunidade internacional.

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