O ministro destacou a importância da vontade política coletiva para alcançar esse progresso na discussão global sobre justiça tributária. A reunião, que teve início na quarta-feira (25) no Rio de Janeiro, tem como anfitrião o Brasil, que atualmente preside o G20. Durante dois dias, as delegações presentes irão debater diversos assuntos e deverão aprovar uma declaração final, que abrirá caminho para discussões futuras.
Um dos pontos em destaque é a expectativa de avanço na discussão da tributação dos super-ricos, uma prioridade para a presidência brasileira do G20. Haddad propõe a coordenação entre os países para adotar um imposto mínimo de 2% sobre os super-ricos, no entanto, há resistências por parte de alguns países, como os Estados Unidos, representados pela secretária do Tesouro, Janet Yellen.
Durante seu pronunciamento, o ministro da Fazenda defendeu a coordenação global para evitar que os super-ricos se aproveitem de brechas nos sistemas tributários, prejudicando a capacidade dos Estados nacionais de arrecadar impostos. Além disso, Haddad mencionou a reforma tributária aprovada no Brasil, que busca simplificar o sistema de tributação e torná-lo mais progressivo.
O G20, formado pelas 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana, é um importante fórum de diálogo e coordenação sobre temas econômicos, sociais e de cooperação internacional. No fim do ano, o Brasil sediará a Cúpula do G20, marcando sua primeira presidência no formato atual do grupo. A transferência da presidência para a África do Sul está prevista para o fim do ano.