De acordo com o relatório preparado pela FAO, caso as tendências atuais de insegurança alimentar persistam, estima-se que cerca de 582 milhões de pessoas serão cronicamente subnutridas até o final da década, sendo metade delas na África. Além disso, o acesso regular a alimentos adequados, que é um objetivo mais amplo da organização, estagnou nos últimos três anos, afetando 29% da população global, o que corresponde a 2,33 bilhões de pessoas, sofrendo de insegurança alimentar moderada ou severa em 2023.
O relatório também destaca as desigualdades existentes, apontando que aproximadamente 71,5% das pessoas em países de baixa renda não conseguiram pagar por uma dieta saudável no ano passado, em contraste com os 6,3% em países de alta renda. Essa disparidade reflete a dificuldade enfrentada pelas populações mais vulneráveis em obter alimentos de qualidade.
Laborde ressalta que, embora a desnutrição seja mais evidente, a má nutrição também representa um problema grave, afetando o desenvolvimento físico e mental de crianças e tornando os adultos mais suscetíveis a doenças e infecções. Assim, a questão da segurança alimentar continua desafiadora e exige esforços conjuntos para garantir o acesso adequado a alimentos para toda a população global.