A decisão de adquirir e instalar os equipamentos contou com o apoio unânime dos moradores da rua Itaperuna, conforme relatou Marcos Jordão Teixeira do Amaral Filho, vice-presidente da associação que representa a comunidade local. Os vizinhos se uniram para custear as despesas da instalação das cancelas, que, segundo Amaral Filho, está respaldada por uma lei municipal de 2016, durante a gestão do ex-prefeito Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Essa legislação, conhecida como “lei das vilas”, regulamenta a restrição à circulação em ruas sem saída e sem impacto no trânsito local, permitindo que a circulação fique restrita apenas a moradores e visitantes. No caso específico da rua Itaperuna, a solicitação para instalação das cancelas será avaliada pela CET (Companhia de Engenhharia de Tráfego), órgão responsável por medir os impactos no trânsito na capital paulista.
No entanto, a subprefeitura Sé se manifestou contrária à instalação das cancelas, alegando que os equipamentos foram colocados sem autorização. Os moradores serão notificados para remover as cancelas, em conformidade com a posição oficial do poder público municipal.
A decisão de restringir o acesso à rua dividiu opiniões entre os moradores da região, gerando debates acalorados nos grupos de mensagens locais. Enquanto alguns apoiam a medida como forma de aumentar a segurança na região, outros acreditam que isso pode impactar negativamente o trânsito e favorecer a criação de outros problemas, como a concentração de comércio local.
Além da preocupação com a segurança, os moradores também mencionaram o descontentamento com o uso da rua como estacionamento para caminhões durante eventos realizados no Nacional Club, situado nas proximidades. Segundo eles, os veículos utilizados para transportar equipamentos causam transtornos e contribuem para a sensação de insegurança na região.