Os principais afetados por esse aumento são os motoristas de frotas e os condutores de transporte por aplicativo, que enfrentam um custo maior sem a possibilidade de repassar integralmente para os consumidores. Em entrevista, José Roberto Vilas Boas, motorista de aplicativo há seis anos, destacou a dificuldade em lidar com o aumento dos preços. Ele ressaltou que a alta do preço da gasolina compromete ainda mais os já escassos lucros dos profissionais que passam o dia realizando corridas.
Vilas Boas também mencionou a importância de abastecer em postos confiáveis, mesmo que o preço seja mais elevado, evitando colocar combustíveis de qualidade duvidosa que podem prejudicar o veículo. Outro motorista de aplicativo, Hygor Cardoso, destacou a busca pelo equilíbrio entre preços e qualidade, enfatizando a importância do rendimento do veículo com gasolina de boa procedência.
O presidente do Regran, Roberto Leandrini, ressaltou os desafios enfrentados pelos donos de postos, que precisam repassar os reajustes da Petrobras para não comprometer o capital de giro. Ele alertou para a existência de postos vendendo produtos adulterados e destacou a importância de o consumidor ficar atento para evitar danos ao veículo.
A recente pesquisa da ANP revelou uma variação nos preços da gasolina e do etanol, evidenciando que nem todos os postos aplicaram o reajuste imediatamente. Diante desse cenário, o empresário do setor, Wagner Souza, alertou para os riscos de adquirir combustíveis de má qualidade em postos mais baratos, enfatizando a necessidade de priorizar a segurança e o bom funcionamento do veículo.
O aumento dos preços dos combustíveis tem levado os consumidores a cortarem despesas, como passeios e lazer, priorizando o abastecimento para as atividades essenciais. Apesar do impacto inicial, a população acaba se adaptando à nova realidade e buscando alternativas para lidar com os custos crescentes no setor de combustíveis.