Os réus são o capitão Marcos Correa de Moraes Verardino e o cabo Ivan Pereira da Silva, que foram indiciados por homicídio qualificado e fraude processual. O capitão Marcos era o coordenador operacional da Operação Escudo na época dos acontecimentos. O juiz determinou a suspensão do exercício das funções na PM dos dois policiais e cabe às suas defesas recorrerem da decisão.
Além dos crimes de homicídio, os dois agentes também foram acusados de destruir provas, o que gerou uma resposta da ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo classificando a Operação Escudo como uma das mais violentas ações da PM na região.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo foi procurada para comentar o caso, mas não se pronunciou sobre as decisões judiciais até o momento. Já a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo ressaltou a importância de valorizar os bons policiais e defender uma segurança pública que respeite a vida e promova a cidadania plena.
O processo contra os dois policiais, que corre em segredo de justiça, está relacionado à morte de Fabio Oliveira Ferreira, morador da região, durante uma abordagem policial. Segundo a denúncia da Promotoria, os policiais dispararam contra o homem, que estava com as mãos levantadas, e tentaram obstruir a investigação ao destruir imagens de câmeras de segurança que poderiam fornecer evidências do ocorrido.
A Operação Escudo foi deflagrada após o assassinato de um soldado da Rota durante uma ação policial em Guarujá, na Baixada Santista, e resultou em diversas prisões, apreensões de armas e drogas. A Operação Impacto continuou na região após o término da Escudo, com o objetivo de manter a segurança na área e reprimir a criminalidade.