O registro das ações racistas foi feito e divulgado nas redes sociais pela jornalista Jackeline Oliveira, ganhando repercussão e sendo alvo de investigação pela Decradi (Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).
A polícia já identificou que a mulher filmada é argentina, professora de educação musical, no Rio para participar do Fladem (Fórum Latino-Americano de Educação Musical), porém ainda busca identificar o homem presente no vídeo.
A Associação Orff-Schulwerk Argentina,da qual a mulher é vinculada, emitiu uma nota repudiando qualquer ato de racismo ou discriminação, ressaltando que a imitação de animais em contextos pedagógicos na Argentina não tem conotação racista e que a professora estava no Brasil a passeio.
Segundo Wanderso Luna, um dos fundadores da roda de samba Pede Teresa, a equipe de segurança testemunhou outro gesto racista na saída do evento, praticado por uma pessoa estrangeira, que foi prontamente comunicado à polícia.
O Pede Teresa, que começou em 2016 e integra o circuito oficial das rodas de samba do Rio, tem se destacado por promover um ambiente seguro e confortável para pessoas pretas, mulheres e a comunidade LGBTIQA+. O grupo planeja uma roda de conversa sobre racismo e uma campanha para retirar estátuas associadas ao passado da escravidão das praças da cidade.
Ao educar e conscientizar através da música e da cultura, o Pede Teresa resgata a história da praça Tiradentes, outrora frequentada por artistas pretos, e reafirma seu compromisso com a luta contra o racismo e a discriminação.