Traficante condenado pela morte do jornalista Tim Lopes não instala tornozeleira eletrônica após ser solto da prisão

O ex-traficante Elizeu Felício de Souza, conhecido como Zeu, foi solto no dia 4 deste mês, mas não compareceu para instalar a tornozeleira eletrônica no prazo estipulado. Ele tinha cinco dias úteis para se apresentar à central de monitoramento, localizada no centro do Rio de Janeiro, a fim de colocar o equipamento. Zeu deixou o Instituto Penal Vicente Pragibe, em Bangu, beneficiado pela progressão de pena do regime fechado para a prisão domiciliar. A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária comunicou o fato à Justiça, que irá decidir se ele será considerado foragido.

O jornalista Tim Lopes foi brutalmente assassinado em 2002 enquanto investigava a prostituição de menores de idade e o consumo de drogas em uma comunidade carioca. A ordem para sua morte partiu de Elias Pereira da Silva, também conhecido como Elias Maluco, líder do Comando Vermelho na época. Lopes foi torturado, morto e teve seu corpo queimado em pneus, em um método conhecido como “micro-ondas” para apagar evidências do crime.

As investigações resultaram na condenação de nove pessoas em 2005, incluindo o próprio Zeu, que recebeu uma sentença de 23 anos e seis meses. O corpo de Tim Lopes foi encontrado em um cemitério clandestino na favela da Grota, após um teste de DNA confirmar a identidade dos restos mortais.

Elias Maluco, que recebeu a maior pena, foi condenado a 28 anos e seis meses de prisão, enquanto outros envolvidos no crime foram sentenciados. Zeu foi capturado em 2010 durante uma operação policial, sendo o único que permanecia preso até sua recente libertação. Atualmente, quatro condenados estão em liberdade e um continua foragido. A Justiça está averiguando a situação de Zeu após o descumprimento da instalação da tornozeleira eletrônica.

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