Ministério da Agricultura descarta três casos suspeitos de doença de Newcastle no Rio Grande do Sul em análises feitas em São Paulo.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) revelou neste domingo (21) que os três casos suspeitos de doença de Newcastle (DNC) no Rio Grande do Sul foram descartados após análises realizadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP) apresentarem resultados negativos para o vírus. A DNC é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves silvestres e comerciais.

As amostras foram coletadas na sexta-feira (19) em três propriedades suspeitas na zona de proteção estabelecida para DNC. O diagnóstico positivo foi inicialmente identificado em uma granja de criação comercial de aves para corte, em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul, também confirmado pelo LFDA-SP na última quarta-feira (18).

O resultado negativo das análises é considerado extremamente positivo para a contenção do evento sanitário. O Mapa enfatizou a importância desse desfecho para a rápida resolução da situação, destacando a robustez do sistema de defesa agropecuária do Brasil.

Medidas de prevenção estão sendo tomadas na região do Vale do Taquari, com a implantação de barreiras sanitárias para controlar a movimentação e evitar a entrada e passagem de aves na área afetada. As investigações epidemiológicas continuam em curso na zona de vigilância de proteção e em todo o estado do Rio Grande do Sul.

O consumo de carne de frango e ovos da região afetada permanece seguro, de acordo com o Mapa, que ressaltou a inspeção rigorosa realizada pelo Serviço Veterinário Oficial. As autoridades governamentais e entidades do setor pecuário estão em constante acompanhamento e suporte às ações implementadas.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) emitiram notas de apoio às ações do Mapa e da Secretaria de Agricultura do estado. A ABPA expressou satisfação com os resultados negativos dos testes e reforçou o compromisso com os trabalhos de vigilância e ações para restabelecer o fluxo dos mercados.

A DNC, causada por um vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), é virulenta em aves de produção comercial, mas também pode afetar outros animais, inclusive seres humanos. Os casos anteriores no Brasil datam de 2006 e foram registrados em aves de subsistência nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

Por fim, o Mapa revisou os protocolos de emissão de certificações para exportação de carnes de aves e seus produtos na última sexta-feira (19), afetando as vendas para 44 países, em resposta aos recentes casos identificados. O monitoramento e as ações preventivas continuam sendo priorizados para garantir a segurança alimentar e a saúde pública.

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