A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) afirmou que o motim foi controlado com sucesso e a situação foi estabilizada, sem nenhum refém sendo feito. O Grupo de Intervenção Rápida, composto por agentes penitenciários preparados para lidar com situações de crise, já estava presente no local para tomar as devidas medidas.
De acordo com a SAP, está sendo realizado um levantamento para avaliar os danos causados nos pavilhões afetados pela rebelião. Enquanto isso, o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado São Paulo (Sifuspesp) emitiu uma nota denunciando a precariedade do sistema prisional paulista, classificando a situação como uma “tragédia anunciada”.
Segundo o sindicato, o sistema prisional do estado de São Paulo enfrenta um déficit de um terço dos policiais penais, além do sucateamento das unidades, o que tem contribuído para um aumento da violência e dos motins. Desde 2022, o Sifuspesp tem alertado as autoridades sobre a iminente crise, que resultou em rebeliões, mortes e fugas dos regimes semiabertos.
A superlotação também é um problema grave nas unidades prisionais do estado. A Penitenciária I de Franco da Rocha, que tem capacidade para 914 detentos, abrigava atualmente 1.398 pessoas, segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária.
Diante desse cenário caótico, o sindicato alerta para a escalada da violência no sistema prisional paulista e cobra medidas urgentes das autoridades para garantir a segurança dos servidores e da população. A situação expõe a ineficácia das gestões passadas e a falta de investimento na segurança pública, gerando um ambiente propício para rebeliões e episódios de violência dentro das prisões.