Agentes do GIR precisaram intervir, chegando ao extremo de disparar balas de borracha contra os detentos rebelados. As queixas dos presos também incluíam críticas direcionadas aos diretores da penitenciária, o que evidencia um clima de insatisfação e tensão no sistema prisional da região. Para amplificar o caos, os detentos atearam fogo em objetos, demandando a intervenção do Corpo de Bombeiros.
A Secretaria da Administração Penitenciária informou que não houve registro de reféns durante o motim. Este episódio de rebelião surge em meio a um contexto já conturbado, com um recente motim na capital paulista desencadeado pela remoção de presos. A transferência de detentos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Butantan, que se encontrava superlotado, foi o estopim para essa nova onda de violência nas unidades prisionais.
A gestão Tarcísio de Freitas iniciou as transferências após uma série de fugas, identificando erros de procedimento por parte dos funcionários da SAP. O CPP do Butantã, destinado ao regime semiaberto, tinha capacidade para 1.412 presos, porém abrigava 1.494 detentos na última sexta-feira (19). Durante a semana, a SAP anunciou que o imóvel não será desativado, mas passará por ajustes visando uma melhor adequação da estrutura e da população carcerária.
O CPP Butantã, que antes abrigava mulheres, hoje recebe presos transferidos da Penitenciária I de Franco da Rocha. Em 2021, denúncias do sindicato apontaram para problemas estruturais graves na unidade, com riscos de desabamento. Esses eventos refletem a complexidade do sistema prisional no estado de São Paulo e exigem medidas urgentes para garantir a segurança e a integridade de todos os envolvidos.