O erro só foi descoberto durante um exame de radiografia do tórax, quando foi observado que um fio-guia de catéter estava alojado no corpo do paciente, que também é diabético. A intervenção foi realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em parceria com o Instituto Segumed, localizado em São Vicente (SP).
Uma liminar judicial em 2023 determinou que o estado realizasse a cirurgia para a retirada do instrumento médico esquecido em 2022. A Fazenda do Estado foi intimada em 2 de janeiro de 2024, com um prazo de 15 dias para agendar a cirurgia. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que a retirada do fio-guia foi feita em 20 de março deste ano, mais de 60 dias após a determinação judicial.
Em comunicado, o Departamento Regional de Saúde (DRS) da Baixada Santista explicou que o procedimento para a retirada do cateter não era realizado nos hospitais da região devido à complexidade da intervenção, sendo necessário encaminhar o paciente para o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.
A defesa de Vanes de Jesus da Silva afirmou que irá entrar com uma ação reparatória para buscar uma indenização pelos danos morais causados ao paciente. A investigação sobre o erro médico continua, e o caso traz à tona a importância da responsabilidade e cuidado na prestação de serviços de saúde.